terça-feira, 26 de julho de 2011

Museu Roberto Lee ...03

Carrinho bastante interessante é este Singer SM Hunter 1.500 1951, que, até onde se sabe, é o único modelo existente do Brasil. Mas mais interessante ainda é a história que o cerca: este carro foi uma doação ao MPAM lá pelos anos setenta, era de único dono e no dia destas fotos, estava presente o Rogério Nipote, neto do primeiro proprietário e doador do carro! E também, o filho do primeiro proprietário havia tido um emocionante reencontro com o carro dias antes! Vejam que história!

O Marcelo Bellato me adiantou que este carro chegou ao Brasil junto a um lote de Fuscas em 1951; e com o pedigree do Singer, o indaguei sobre possíveis fotos antigas... "Tem sim!" foi a resposta. Então, acho que mais pra frente voltaremos a falar sobre a história deste gracioso carro.

Abaixo, a Simca Chambord 1962.
Este carro estava num galpão em que o telhado desabou, danificando-a demais. Não dá pra saber se esta Simca já era preservada como ítem colecionável, visto que já não possui mais nenhum friso, já estava com rodas de Dodge e aparentemente não traz nada de especial.

Ao lado do Singer, um verdadeiro esqueleto, um fóssil automotivo: Fiat 2.800 Touring Berlinetta 1939/40, que de tão rara, até sua identificação foi difícil, sendo feita pelo João Pedro Gazineu, Alexandre Galindo, Nelson Massini e Ricardo Oppi.

Este era outro carro que fazia parte do estoque do Roberto Lee. É uma Fiat com carroceria especial, provavelmente única no mundo e, por ser de alumínio, foi toda saqueada para ser vendida ao ferro-velho!

Abaixo, saindo da sequência dos carros expostos, estão alguns outros veículos, dentre eles o famoso Ford Maverick Super Luxo do Primeiro Raid da Integração Nacional . Talvez este seja a maior lástima de todos, pois esteve completo até alguns anos atrás, quando depois de um "boom" de divulgação sobre o Museu ele reapareceu já totalmente depenado! Acima, um Buick utilizado pela Cruz Vermelha.

Abaixo, o esboço do que já foi um Delage D6-70 Cabriolet 1938. É uma raridade que também fazia parte do estoque do Museu. Vale lembrar que nos áureos tempos havia outro Delage em exposição. Acima, os restos de um nobre Cord.

6 comentários:

  1. Guilherme, eu, como fã de carros dos anos 70, em especial Maverick e Dodge, fico chateado com o que ocorreu com esse raro Maverick 73 Super Luxo 6cc, espero que alguém o tenha adotado para que ele volte aos seus belos tempos, que eu tive o privilégio de ver por fotos.
    Rogério.

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  2. Tudo vira história, até estes vandalismos.
    Carros sensacionais até da maneira que ficaram.

    Marcelo.

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  3. Guilherme, bacana o que conseguiram, muito bacana o resgate. É simbólico, é a primeira vez que um acervo deste nao repete o destino natural de dispersao ou destruicao, mas sim é conservado. Mas preciso dizer que é triste ver como os carros estão, como foram judiados, vilipendiados. Uma pena. Este museu é o museu da nossa face mais suja, mesquinha. Antes de mostrar carros, nos expõe nossas dificuldades e ao mesmo tempo indica um caminho para o futuro. Roberto Lee reuniu um museu de mártires.

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  4. Nik ,
    brilhante seu comentário !
    Nada tenho a acrecentar !

    Abraços a todos....TATO

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  5. Tem um delegado da Polícia Civil de Lavras que tem um Automóvel Singer guardado a anos. Vou tirar uma foto dele e lhe envio logo. Não me lembro se é do mesmo ano e modelo do que foi postado logo acima. Saudações.

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  6. Apenas para consolar o amigo anônimo que postou o primeiro comentário. Não fique triste, pois o Maverick 6 cilindros era equipado com o motor HURRICANE do JEEP Willys, cilindragem aumentada para 3000cc ( motor do ITAMARATY ) e caixa de marchas do JEEP/Aero/Itamaraty.O 6 cilindros e o 4 cilindros foram as maiores mancadas da Ford. Agora o 302V8, motor canadense, vamos respeitar. Sou fanático pela marca Ford, mas infelizmente o que faltou no Maverick foi motor.

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